O avanço na produção de energia solar em placas fixadas em telhados, fachadas e terrenos deve baratear a conta de energia elétrica em 5,6% em dez anos. É o que estima um estudo da consultoria especializada Volt Robotics, encomendado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e divulgado nesta terça-feira (21).
Em 2021, o Brasil tornou-se o quinto maior produtor de energia solar, saltando da 9ª posição que ocupou em 2020. O país terminou o ano com cerca de 13 GW: as novas adições (5,5 GW) foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4GW), quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).
Os dados são do relatório REN21, lançado globalmente nesta quarta-feira, 15 de junho. O relatório compila as informações mais precisas disponíveis sobre investimentos em energias renováveis em todos os países do mundo. Segundo o documento, a energia solar distribuída cresceu no Brasil impulsionada, principalmente, por um aumento geral dos preços da eletricidade em decorrência da crise hídrica que impactou a capacidade hidrelétrica do país.
Além da geração elétrica fotovoltaica, o mercado brasileiro manteve-se como um dos mais importantes para sistemas de aquecimento solar de água, com uma alta de 28% das vendas neste segmento no ano passado. Apesar disso, o país caiu da quarta para a quinta colocação devido ao avanço dos EUA neste segmento, que passou de quinto para segundo do mundo em apenas um ano.
No setor eólico, o Brasil está atrás apenas de China e Estados Unidos, um segmento que deve sua expansão em 2021 principalmente ao desbravamento de investimentos offshore (em alto mar) em quase todas as geografias, inclusive no Brasil.
Crescimento precisa triplicar
Apesar do crescimento, o relatório alerta que o nível de novas adições de energias renováveis ainda está abaixo do necessário para atingir a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5C. Segundo o roteiro estabelecido pela Agência Internacional de Energia para o cumprimento da meta, o mundo precisa triplicar a adição anual de renováveis para estar na trilha para alcançar emissões zero até meados do século.
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